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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

“Votos mostram esquerda incomodada com privados”

Na reportagem efectuada pelo jornal Notícias de Guimarães, na última Assembleia Municipal, nota-se uma clara tendência no comentário da jornalista: “Votos mostram esquerda incomodada com privados”.

Vamos por partes: O PS, fazendo eco da política do governo central, apresenta estas parcerias e lá vai agradando a “gregos e troianos”, enganando os incautos, à custa dos quais pode jogar com pau de dois bicos.
O PSD, então, é um espanto! Por um lado, sugere que “deveria haver um maior envolvimento do consórcio”, por outro, afirma que “4 ou 5 milhões de euros é o custo adicional entre fazer os equipamentos internamente, só pelo Município, ou nesta nova sociedade”, E ABSTEM-SE…!?.

A CDU por sua vez e para além de, tal como o BE, criticar a falta de documentos (falha muito estranha), considerou “a proposta, avaliada na óptica do promotor público, pouco interessante”, E ABSTEVE-SE…!?.

Para o CDS, no seguimento da linha política que o há-de fazer desaparecer, não há meios-termos, é tudo para o privado.

O BE e o MRPP, votaram contra porque entendem que as parcerias público - privadas, beneficiam sempre mais o parceiro privado. Neste caso, como no anterior, houve coerência.
Como se vê, houve votações a favor do “público”, do “privado” e do “público - privado”. Houve contradição e “nim”.

Por tudo isto, não se compreende aquela frase em caixa.
O que verdadeiramente incomoda a esquerda, é o oportunismo dos privados que, com a conivência dos agentes públicos, tudo fazem para deitar as garras ao que é de todos.
Veja-se o caso da cobertura, na central de camionagem: Um espaço público totalmente desaproveitado, durante todos estes anos (POR CLARA INCOMPETÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL), assim continuaria se não aparecesse a “sonae”, atrapalhada com a concorrência, a usufruir por “dez reis de cascas de alho”, um espaço que é (deveria ser) de todos. Quem tem amigos…

De um órgão de comunicação, espera-se pluralismo e isenção. A democracia assim o exige.

Joaquim Teixeira