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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Bloco apoia a greve geral


A Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda de Guimarães apela a todas as cidadãs e a todos os cidadãos que participem na Greve Geral de 24 de Novembro, num grande protesto contra as políticas que protegem as bolsas e os bancos e que atacam as pessoas. Com o aumento dos impostos, os cortes nos salários e dos subsídios de férias e de Natal, o governo pretende tirar tudo aos que menos têm, para que aqueles que provocaram a crise continuem a ganhar com ela e ainda recebam mais ajudas com o dinheiro que diariamente roubam às portuguesas e aos portugueses.

A resposta da austeridade falhou em toda a linha e é receita para o desastre. Na Irlanda e na Grécia, países que como Portugal já estão sob a tutela da troika, são evidentes os seus efeitos: o desemprego não pára de crescer, a economia não recupera e a pobreza conhece números nunca antes vistos.

Varrendo os direitos conquistados nas últimas décadas, o governo e a troika querem impor um novo regime social em Portugal, assente em baixos salários, na precariedade laboral, na perda dos subsídios de férias e de Natal, no trabalho gratuito, sem acesso aos cuidados de saúde ou à educação pública, sem direito a um passo social, a um abono de família ou subsídio de desemprego. Isto é um assalto, sem precedentes, a cada cidadã e a cada cidadão de Portugal.

Com um imposto sobre transferências para paraísos fiscais, grandes fortunas e bens mobiliários era possível evitar os cortes feitos no passado e previstos para 2012. Mas, para recompor os cofres da banca privada, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas tiram tudo aos que menos têm e levam o país a afundar-se na pior recessão desde 1975 e ficar ainda mais refém dos credores

Esta é uma greve das/dos estudantes e jovens, a quem o Secretário de Estado da Juventude expulsa do país e a quem lhes nega um futuro.

Esta é uma greve das desempregadas e dos desempregados a quem o acesso ao subsídio de desemprego está vedado e para quem não há perspectivas de empregabilidade.

Esta é uma greve de quem descontou uma vida inteira de trabalho e que agora vê reduzida a sua pensão.

Esta é uma greve de quem trabalha e a quem o governo quer que trabalhe gratuitamente mais 16 dias por ano, bem como feriados.

Esta é a greve dos pequenos comerciantes e industriais a quem o governo vai asfixiar com os aumentos previstos do IVA, do preço da energia ou dos combustíveis.

Esta greve é de cada portuguesa e de cada português cujas vidas têm vindo a ser sacrificadas.

Só a Greve Geral pode dar um novo rumo a Portugal, por uma verdadeira justiça fiscal, contra o roubo dos direitos, por uma democracia real.


O Bloco de Esquerda de Guimarães coloca-se ao lado das pessoas que são o alvo destas políticas de direita - políticas que pretendem desregular o mercado de trabalho, que levam à precarização, à pobreza e que só agravam os problemas do país aumentando a desigualdade. Num concelho dizimado pelo desemprego, sem apoios, as pessoas vêem ainda agravada a sua situação com o aumento dos custos dos transportes e da energia, a redução real e efectiva do poder de compra.

O movimento social é essencial neste combate e por isso o Bloco de Esquerda de Guimarães apela à participação, à luta exigente dos trabalhadores, dos desempregados, dos reformados, dos estudantes e de todos quantos são visados, contra este estado austeritário, como caminho para a criação de alternativas à situação que hoje vivemos.