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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A Precariedade Avança!

Nos tempos que correm, não haverá quem não tenha ouvido falar de crise.
O capitalismo selvagem, onde alguns comem tudo e muitos passam fome, tinha de rebentar. Era uma questão de tempo.

Nos países ditos desenvolvidos, bancos, seguradoras, construtoras, etc.etc. caíram como maçãs podres. Os governos, de calças na mão, tentam apanhar os cacos que sobram do desastre e lá vão tapando buracos, injectando dólares, euros ou libras, tentando disfarçar o rombo causado pela ganância de uns, a incompetência de outros e o oportunismo de outros ainda. Nunca como nesta era se ouviu falar tanto de milhões, números gigantescos que, à maior parte das pessoas, se torna difícil assimilar, confundindo ainda mais, quem tem de administrar uma vida com o salário mínimo. Isto para não falar daqueles que desgraçadamente, tem de se “virar” com o RSI (Rendimento Social de Inserção) cujo número tem vindo a aumentar assustadoramente.

E por falar em RSI, faz alguma confusão, que haja alguém que, não tendo outros argumentos, o use como arma de arremesso.

Portugal é, nos dias que correm, um país precário, nas várias vertentes sociais, o medo instalou-se no seio dos vários estratos da nossa sociedade, temem os que tem créditos a médio e longo prazo, as empresas não contratam, o comércio não movimenta, enfim a roda que faz girar a vida dos portugueses, está lenta, cada vez mais lenta. A precariedade gera precariedade e esta, quando alastra, cria políticos incompetentes, gestores gananciosos e empresários desumanos que, todos juntos originam corrupção, cunha e compadrio.

Os responsáveis por esta situação, tentam iludir os cidadãos, acusando a esquerda, nomeadamente o BE, de fazer política de “terra queimada” mas, ao contrário do que querem fazer passar, o Bloco de Esquerda aponta soluções. Lembremos a proposta (nunca é demais fazê-lo) de atribuir a pensão a quem completasse 40 anos de descontos, entre outras que teimosa e sistematicamente, são rejeitadas.

No meio desta grande confusão, de medos e falta de confiança, só há um modo de revitalizar o andamento da economia: dando um forte impulso ao elo mais fraco ou seja, um aumento substancial dos salários e pensões mínimos (ainda que temporariamente suportados pelo estado). O pobre que conta migalhas (e são cada vez mais), não tem o que poupar, não compra, não deposita e por conseguinte a roda não gira.

Esta conclusão, até nem é de génio.


Joaquim Teixeira