Na verdade, nunca se viu tanta corrida ao consumo. Os construtores, não tinham mãos a medir, as famílias endividavam-se de olhos fechados, de tal modo que o próprio primeiro-ministro, assustado com a miragem, tratou de criar o célebre “Tabu”, passou a batata quente ao “pobre” Fernando Nogueira que, abnegadamente, se deixou imolar numa, mais que previsível, derrota política.
Sucedeu-lhe António Guterres que, quando descobriu que afinal o “oásis” não passava de um pântano, desandou dali para fora. Chega Durão Barroso e ao ver o país “de tanga”, tenta disfarçar, o melhor que pode, a incapacidade de endireitar o barco. Com tanto rombo, aproveitou a primeira boleia e, até logo, se nos virmos. Ainda se pôs Pedro Santana Lopes a brincar aos governos mas, mais uma vez, foi-se para eleições antecipadas e eis que surge José Sócrates, qual D. Sebastião, a fazer muitas promessas mas com uma que é bombástica: A de criar 150.000 postos de trabalho, durante a legislatura.
O que aconteceu, para que, à entrada para o quarto ano da legislatura, o povo português ande tanto ou mais deprimido que antes?
A resposta é óbvia: As empresas encerram as portas, aumentando o desemprego e a precariedade, os bens de primeira necessidade aumentam assustadoramente, deixando para trás salários e pensões.
No meio deste verdadeiro “Viras tu, viro eu”, encontra-se a região do vale do Ave, provavelmente a mais fustigada pelas más opções políticas dos partidos que tem governado este país.
Perante este cenário e tendo em conta que, pela última vez, estão a entrar mais milhões, vindos da UE, é imperioso que apareça alguém com políticas sérias, destinadas a combater a corrupção, a miséria, a exclusão e a precariedade que são alguns dos factores que contribuem para o aumento da criminalidade.
No enquadramento político, económico e social que se verifica, neste momento, em Portugal, serão no mínimo discutíveis, alguns projectos anunciados pela Câmara Municipal, para os próximos anos.
É do conhecimento público que, com a candidatura às verbas do QREN e a capital europeia da cultura, grandes transformações se darão no nosso concelho (ou será só na cidade?).
Resta saber que tipo de transformações, a quem se destinam e, principalmente, que abrangência terão.
Joaquim Teixeira in Povo de Guimarães
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