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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Está na Hora de uma Nova Revolução Social

Este ano que está a finalizar foi sem dúvida um ano que poderia chamar, “O Ano da Doninha Fedorenta”, ou seja, neste momento tudo cheira muito mal… e a Doninha que me desculpe por a estar a associar o seu nome a esta imundície.

À medida que se vai levantando o véu, no que diz respeito à banca e a este sistema financeiro capitalista e neoliberal, verifica-se, cada vez mais, que todo este processo está inquinado e cheira mal que se farta. O que fica disto tudo, é a enorme promiscuidade que existe entre o poder político e económico.

Pois é meus caros! O que vimos até então agora foi mesmo isso, a promiscuidade entre o mundo financeiro e o politico, ou seja, a utilização indevida e em benefício próprio de um cargo político, seja ele de deputado, ministro ou outro qualquer.

Apesar de todas as evidências, e de já todos termos entendido que este sistema de chamada “auto-regulação” ter, efectivamente revelado a sua total ineficácia, mesmo assim a classe política – a que decide e manda – abstém-se de intervir no mercado, excepto quando de trata de injectar dinheiro nos bancos. Não podemos esquecer que o capital que o Estado investe nos bancos para colmatar os maus investimentos é nosso, de cada um de nós contribuintes. Dos que suportam valores de impostos elevados, nomeadamente IVA porque era necessário controlar o défice – aquele que agora se agrava com os investimentos públicos nos nossos bancos ricos. Deveria o Estado estar atento às reais necessidades do cidadão comum – aquele que se preocupa em fazer com que o salário não seja mais pequeno que o mês, tarefa esta que se torna cada vez mais difícil, pois:

Ao aproximar-se um novo ano, os cidadãos não vislumbram melhorias, antes pelo contrário. Se no ano que termina todos os bens de consumo, principalmente os mais básicos, sofreram aumentos significativos: ora ou porque aumentou, dia-a-dia o preço do combustível, ora porque as matérias-primas aumentaram, como sucedeu com o pão em resultado do aumento dos cereais derivado, mais uma vez da especulação. Para o próximo ano, e apesar de, quer o preço do barril do crude ter baixado radicalmente, quer o preço dos cereais terem caído em cerca de 50% as perspectivas, muitas delas já anunciadas, são de inexplicáveis aumentos: A electricidade subirá cerca de 4% - muito embora a matéria-prima (petróleo) ter diminuído de valor; o pão subirá cerca de 4% apesar da radical quebra no valor dos cereais. Pergunta-se: o que é isto? Onde vamos parar? Mas, principalmente pergunta-se: onde está o Estado? A resposta é triste: entretido com os jogos da economia de mercado!!

Por isso não nos poderemos esquecer que o próximo ano, é um ano de eleições, e que estes políticos que se entretêm em jogos pouco dignos para o bem-estar da população devem ser punidos de uma forma exemplar.

A melhor punição que a população pode aplicar é sem dúvida, dizer basta, basta de tanta imundice, basta de tanta promiscuidade, chega desta política que põe sempre à frente o interesse de alguns em vez do bem de todos.

Por isso vão às urnas, mostrem a vossa convicção e retirem a vossa confiança nestes indivíduos.

Desejo a todos os vimaranense um feliz natal, e um próximo ano feliz!

Não esquecendo que a felicidade está nas vossas mãos!


Alberto Fernandes in Povo de Guimarães, 16-12-2008.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

A Caridade, “Compadre” “Cunha”!

Depois de, ao longo do ano, aturar todo o tipo de peditórios, em que nos apareciam pela frente as ligas de amigos de tudo o que é doença, os Romenos, os toxicodependentes, os bombeiros, os escuteiros, as comissões de festas, os estudantes que querem fazer uma visita de “estudo” a Inglaterra, os grupos de jovens que querem ir em “peregrinação” a Roma, etc. etc., chegou a época alta da caridade, em que se apela ao sentimento do povo para prestar “solidariedade”.

Entre todos estes peditórios, destaca-se o banco alimentar contra a fome que, apesar da crise, conseguiu bater recordes na recolha de alimentos. Curiosamente são as maiores vítimas da crise que mais contribuem, ou seja, dá o pobre ao miserável.

Depois aparecem os famosos “almoços de natal” para os reformados, “oferecidos” pelas câmaras municipais e juntas de freguesia, onde se fazem discursos carregados de emoção e o idoso se sente na obrigação de agradecer a posta de bacalhau, o copo de tinto e o bolo-rei que, afinal, pagou.

A caridade não acaba aqui! Temos também aquela ao nível de compadre:
- O seu banco está à beira da falência? De quantos milhões precisa?
- A sua construtora está em crise? Não se preocupe, arranjamos umas parcerias público - privadas, em que nós aplicamos o capital e vocês ficam com os lucros.
- O Sr. Presidente de Junta ou colega de partido, encerrou a sua micro – empresa? Vamos tentar encontrar uma solução, quem sabe, numa “oficina” ou numa “tempo livre”.

Com esta, entramos na área da “cunha”, em que os “cunhados”, com uma mudança de filiação partidária e/ou candidatura, lá vão agradecendo favores recebidos.

Mas (Há sempre um mas…), de quando em vez, aparece o Ministério Público a causar dissabores a esta gente, pondo ao léu alguma da promiscuidade existente na administração pública, principalmente local, onde o “compadrio” mais facilmente ganha raízes.

Exemplo disto são as notícias, avançadas pela imprensa, dando conta da investigação, que está a decorrer, sobre antigos e actuais responsáveis da câmara de Guimarães. Neste caso, estão em causa permutas, validações, valorizações e desvalorizações de terrenos que, a confirmarem-se, lesaram a autarquia em centenas de milhar de euros.

Independentemente da veracidade das acusações, estes sinais vem dar razão ao Bloco de Esquerda, que sempre se manifestou contra as parcerias público-privadas e dos benefícios para alguns, à custa do que é de todos. Veja –se o exemplo Vimágua, dos transportes públicos, da higiene e limpeza ou da cultura e desporto. Estão a construir parques de lazer, preferencialmente junto, dizem, dos cursos de água que, entretanto, vão recebendo descargas de saneamento e outras poluições.

Esta continua a ser a caridadezinha hipócrita, praticada por aqueles que deveriam zelar pelo bem de todos e não apenas de alguns. Para isso, são muito bem pagos por nós ou não estariam lá.

Joaquim Teixeira in Povo de Guimarães


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Presidente da Câmara de Guimarães acusado de prejudicar a autarquia


António Magalhães, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, foi “acusado pelo Ministério Público de ter prejudicado a autarquia em 190 mil euros, no âmbito de um negócio de permuta de terrenos com uma imobiliária”, notícia o JN .
No mesmo processo o ex-vice-presidente, António Azevedo castro, actualmente administrador da Vimágua, é acusado, tal como Magalhães, de “crime de participação económica em negócio, punível com pena até cinco anos de prisão”.

O JN afirma que a acusação decorre dos actos praticados no âmbito de uma permuta de terrenos entre a Câmara e a empresa imobiliária Inobloco, “relacionados com a mudança de local do recinto da feira semanal e das festas "Guaterianas", decidida no ano de 1992” e concretizados em 1999.

Depois da permuta a Câmara terá autorizado “alterações aos alvarás de loteamento dos terrenos permutados, que atribuiu maior capacidade construtiva”, tendo os dois autarcas do PS intervenção “em procedimentos administrativos necessários ao contrato, incluindo as avaliações dos terrenos e as alterações aos alvará de loteamento”.