À medida que se vai levantando o véu, no que diz respeito à banca e a este sistema financeiro capitalista e neoliberal, verifica-se, cada vez mais, que todo este processo está inquinado e cheira mal que se farta. O que fica disto tudo, é a enorme promiscuidade que existe entre o poder político e económico.
Pois é meus caros! O que vimos até então agora foi mesmo isso, a promiscuidade entre o mundo financeiro e o politico, ou seja, a utilização indevida e em benefício próprio de um cargo político, seja ele de deputado, ministro ou outro qualquer.
Apesar de todas as evidências, e de já todos termos entendido que este sistema de chamada “auto-regulação” ter, efectivamente revelado a sua total ineficácia, mesmo assim a classe política – a que decide e manda – abstém-se de intervir no mercado, excepto quando de trata de injectar dinheiro nos bancos. Não podemos esquecer que o capital que o Estado investe nos bancos para colmatar os maus investimentos é nosso, de cada um de nós contribuintes. Dos que suportam valores de impostos elevados, nomeadamente IVA porque era necessário controlar o défice – aquele que agora se agrava com os investimentos públicos nos nossos bancos ricos. Deveria o Estado estar atento às reais necessidades do cidadão comum – aquele que se preocupa em fazer com que o salário não seja mais pequeno que o mês, tarefa esta que se torna cada vez mais difícil, pois:
Ao aproximar-se um novo ano, os cidadãos não vislumbram melhorias, antes pelo contrário. Se no ano que termina todos os bens de consumo, principalmente os mais básicos, sofreram aumentos significativos: ora ou porque aumentou, dia-a-dia o preço do combustível, ora porque as matérias-primas aumentaram, como sucedeu com o pão em resultado do aumento dos cereais derivado, mais uma vez da especulação. Para o próximo ano, e apesar de, quer o preço do barril do crude ter baixado radicalmente, quer o preço dos cereais terem caído em cerca de 50% as perspectivas, muitas delas já anunciadas, são de inexplicáveis aumentos: A electricidade subirá cerca de 4% - muito embora a matéria-prima (petróleo) ter diminuído de valor; o pão subirá cerca de 4% apesar da radical quebra no valor dos cereais. Pergunta-se: o que é isto? Onde vamos parar? Mas, principalmente pergunta-se: onde está o Estado? A resposta é triste: entretido com os jogos da economia de mercado!!
Por isso não nos poderemos esquecer que o próximo ano, é um ano de eleições, e que estes políticos que se entretêm em jogos pouco dignos para o bem-estar da população devem ser punidos de uma forma exemplar.
A melhor punição que a população pode aplicar é sem dúvida, dizer basta, basta de tanta imundice, basta de tanta promiscuidade, chega desta política que põe sempre à frente o interesse de alguns em vez do bem de todos.
Por isso vão às urnas, mostrem a vossa convicção e retirem a vossa confiança nestes indivíduos.
Desejo a todos os vimaranense um feliz natal, e um próximo ano feliz!
Não esquecendo que a felicidade está nas vossas mãos!
Alberto Fernandes in Povo de Guimarães, 16-12-2008.
Sem comentários:
Enviar um comentário