Participa no nosso grupo no Facebook - aqui!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A democracia em risco

Depois de, exaustivamente, termos alertado, para os graves problemas que afectam a nossa sociedade e de termos apresentado sugestões no sentido de as combater, surgem sinais que, pela importância do que foi dito atrás, podem parecer irrelevantes mas não são.

Trata-se dos ataques que, mais ou menos claramente, têm sido feitos à democracia em Portugal.
As visitas das forças policiais às delegações dos sindicatos aquando de visitas do primeiro-ministro.

A atitude do presidente da assembleia regional da Madeira, em sintonia com a prepotência do presidente do governo da mesma região, proibindo a entrada de um deputado, utilizando para isso, uma força de seguranças, como se de casa própria se tratasse.

Aquela tirada, da líder do PSD, que propunha a suspensão da democracia, pôs a nu a verdadeira estirpe desta gente: Fascismo encapotado, cujo verniz estala de vez em quando.

Tivemos, durante algum tempo (será que desistiram?), a tentativa de atribuir maioria absoluta às autarquias, qualquer que fosse o resultado das eleições.
Para culminar, temos agora o julgamento de sindicalistas em Guimarães por se terem manifestado contra as políticas de José Sócrates.

São exemplos de um claro ataque aos mais elementares direitos dos cidadãos e quem não tiver capacidade para respeitar estes direitos, jamais terá lugar na história do seu país, do seu concelho ou da sua freguesia, porque ela se encarregará de colocar os medíocres no seu lugar.

Joaquim Teixeira


domingo, 25 de janeiro de 2009

Oh miséria das misérias

Chegou 2009 e, como que a querer contrariar as vozes mais pessimistas de 2008, começou em grande.

Logo nos primeiros minutos e por todo o país, foguetório à farta. Houve quem gastasse 150.000€ POR MINUTO! Depois vieram as passas, os espumantes e os vivas ao novo ano que, de tão regado e iluminado, só podia ser de vacas gordas.

Passados os dias de frenesim, diluem-se os cheiros da quadra, as lâmpadas deixam de piscar e, finalmente, deixamos de ver aquele pai-natal, estupidamente pendurado na varanda do vizinho e o país começa a gelar, realística e metaforicamente.

Arrefecem os ânimos ao verificar que, apesar do 14º mês, a conta continua no vermelho e que se gastou demais em futilidades.

As temperaturas (reais), acompanhadas do primeiro grande nevão do século, descem para limites insuportáveis, obrigando uma subida drástica no consumo de gás e electricidade.

Finalmente chega o dia, ansiosamente aguardado, em que os pensionistas conferem os “aumentos” das suas reformas. Aí sim, o frio dos números, congela-lhes a própria alma. As reformas, abaixo dos 600€, foram aumentadas entre 5 e 15€ o que dá entre 16 e 50 cêntimos diários. Há, por esse país fora, quem tenha tido aumentos superiores a muitas reformas.

A indignação, perante a miséria em cima de miséria, é tanta que nem os “almoços de reis” conseguem travar.

No meio de toda esta frieza, há sempre alguém que se preocupe e tente, através de propostas legislativas, colmatar os efeitos da desgraça que se abate sobre os mais desfavorecidos, particularmente nos vales Cávado e Ave.

Foi neste sentido que o Bloco de Esquerda apresentou um programa extraordinário, na Assembleia da República mas que (oh miséria…) foi chumbado, inclusive pelos deputados desta região, os mesmos que daqui a alguns meses, andarão por aqui de feira em feira a beijocar as vítimas da sua hipocrisia, prometendo mundos e fundos nos quais nem eles acreditam.

Está na hora de dar um abanão nesta paz podre e mostrar a quem de direito, a indignação pelos HUMILHADOS e OFENDIDOS deste país.

2009 pode ser um ano de grandes transformações em Portugal e a favor de quem mais sofre com as políticas de direita, levadas à prática pelos governos das últimas décadas.

Está nas mãos do povo, lutar por aquilo a que tem direito, sem populismos nem demagogia porque ela, a miséria, existe mesmo.


Joaquim Teixeira in Povo de Guimarães


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Política da Idade Média No Século XXI

No dia em que escrevo este artigo, é o dia da tomada de posse do novo Presidente dos Estados Unidos da América (USA); BaraK HUSSEIN Obama.

É de aquiescência de todos aqueles que fazem análise política que, com esta eleição e da maneira como ela correu, nasceu uma nova forma de fazer intervenção política.

Na minha humilde forma de pensar concordo que sim! Que a partir de agora poderá, sem sobra para dúvidas, haver uma nova forma de revolução social. Aquela que pode ser feita por uma intervenção social justa em que todas as classes podem e devem participar, sendo elas de raças ou credos diferentes - O segredo é, sem dúvida, olharmos á nossa volta e termos a percepção que todos nós temos defeitos e virtudes.

Com esta tomada de posse, acabou um ciclo que poderia chamar-se Politica da Idade Média no Século XXI, que se caracterizou por tudo o que de pior o ser humano pode ter ou ser: arrogância, indiferença, cinismo, crueldade e intolerância.

A população mundial, neste momento, tenta encontrar com esta eleição, um sentido diferente no que diz respeito a algumas condutas sociais e económicas, que caracterizam a injustiça social vivida neste preciso momento neste nosso pequenino Mundo, que é o planeta Terra.

Penso que, com tudo o que temos vivido nestes últimos anos, também os cidadãos Portugueses estão neste momento à procura de uma nova forma de intervenção social e política. A população está farta de tanta imundice, está farta de tanta promiscuidade entre o poder político e o económico. De cada vez que ligamos a televisão ou a rádio, ouvimos mais uma notícia em que o que está em causa é sempre a mesma coisa, mais corrupção atrás de corrupção.

Como tenho afirmado muitas vezes, os cidadãos vimaranenses e os portugueses são pessoas inteligentes e estão fartos disto, ou seja, desta politica da Idade Média no Século XXI, e saberão no futuro escolher tanto ao nível concelhio, como ao nível nacional uma politica que promova uma intervenção social justa, onde todos possam participar nela sem tabus.

E saberão escolher, para a gestão dos nossos recursos e do nosso bem-estar social do concelho, um cidadão Vimaranense que tenha a capacidade de mobilizar a população dos Zero aos Cem, que possua um conhecimento ao nível social e cultura real e da realidade, que esteja livre dos vícios partidários, mas mais do que isso, que olhe para cada um dos cidadãos como um só, mas com a capacidade de enquadrá-lo num todo. Terminando com as palavras no novo presidente americano: sim, somos capazes, sim, nós podemos.

Só com isto é que se pode fazer politica séria!



Alberto Fernandes in Povo de Guimarães, 20-01-2009.