Análise à actividade da CMG do deputado municipal do BE Joaquim Teixeira, proferida na última Assembleia Municipal.
O início da CEC 2012 aproxima-se a passos largos e, por aquilo que vamos observando, continuamos com razões para estarmos preocupados, com o concelho que vamos mostrar a quem nos visitar, especialmente durante o próximo ano.
Comecemos pela principal entrada na cidade que é a alameda Mariano Felgueiras. Naquele local confluem, todos os dias, milhares de automóveis em direcção ao centro, ao hospital e aos centros comerciais com grandes dificuldades de cruzamento de umas faixas para as outras. Vemos os taxistas com dificuldade em chegar às suas praças e até ambulâncias entaladas no transito.
Lembramos que, para compensar a cedência do espaço, por cima da central de camionagem, foi apresentado nesta Assembleia, um projecto de requalificação daquela zona.
Projecto esse que, à revelia e com total desrespeito por esta Assembleia, foi modificado e deu na trapalhada que se vê diariamente.
Será, Sr. Presidente, que, tal como os Italianos tem a torre de Pisa, Guimarães terá, ainda no próximo ano, a já denominada rotunda de pisa em Silvares? É que, tal como a torre Italiana, aquela coisa arrisca tornar-se num monumento à incompetência.
Será, Sr. Presidente que, depois de ouvirem o Danúbio Azul de Strauss, os nossos visitantes terão a possibilidade de ver o Ave cinzento ou o Selho castanho avermelhado, alimentados por descargas de empresas e esgotos a céu aberto?
Será, Sr. Presidente que, depois de uma qualquer Cavalgada das Valquírias, os nossos visitantes terão a possibilidade de fazerem gincana, pelas estradas do concelho contornando os desníveis, ora acima, ora abaixo, das tampas de saneamento ou ultrapassando a rasar os peões cujas alternativas são as vias de transito?
Será Sr. Presidente que, depois de uma peça de teatro ou uma visita a uma exposição, seremos brindados com uma lufada de fumo negro, largada de um daqueles enormes autocarros?
Sr. Presidente, infelizmente continuamos a assistir a políticas centralizadamente fúteis, em detrimento do bem-estar da maioria da população que vive fora da cidade.
O nosso concelho, começando pela nossa cidade, deve cultivar a arte de bem receber, mas nunca à custa de más condições de vida dos seus naturais.
Uma última amostra, do centralismo desta câmara, está na pouca actividade nas valências criadas para a juventude.
Questionamos vários jovens de freguesias periféricas sobre a Loja ponto já, espaço saúde jovem, Porta65 etc. e, a maioria, não conhece ou não sabe onde fica.
Não basta, como parece estar na moda, alardear políticas de juventude, é preciso implementá-las a sério, com informação eficaz e abrangente porque, tanto ou mais que o resto da população, esta geração está mesmo à rasca.
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