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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Deputado na Fraterna: Distrito precisa de um Plano de Emergência


"Há uma contradição entre um aumento das necessidades, sentido pelos técnicos no terreno, e a diminuição das prestações sociais atribuídas pelo Estado, nomeadamente no RSI, mas também nas bolsas de estudo" afirmou o deputado do BE, Pedro Soares, no final de uma reunião com a directora executiva da Cooperativa Fraterna, em Guimarães.

Uma reunião em que ficou mais uma vez patente a dificuldade que as instituições enfrentam para fazer face ao aumento de solicitações por parte de pessoas que perderam o emprego e não conseguem fazer face às despesas, ou que deixaram mesmo de receber qualquer tipo de prestação social.


O deputado do BE mostrou-se, por isso, convicto da urgência em mobilizar todos os sectores da sociedade e o Estado para combater a situação dramática que a Região atravessa", e da necessidade da implementação de um plano de emergência para os Vales do Cávado e Ave.” Pedro Soares deu como exemplo o facto da Fraterna estar a distribuir 382 cabazes alimentares, mais 100 do que distribuía há dois meses atrás, e da Câmara de Guimarães ter recentemente alargado o subsídio ao arrendamento a mais 90 famílias.


“Muitas destas famílias, estão a pensar tirar os filhos da universidade, porque com as restrições nas atribuições de bolsas tornou-se impossível estudar. Isto está a colocar em risco o futuro das novas gerações", alertou Pedro Soares, acrescentando que se estima em 500 o número de alunos que está em vias de abandonar o ensino superior por problemas económicos.


Face a este cenário, o deputado do BE considera que “não podemos continuar a financiar o sector financeiro, e deixar ao abandono estes milhares de famílias, que trabalharam toda a vida, e que agora não só se vêem sem qualquer fonte de rendimentos, como estão a perder os apoios sociais, por causa das novas regras".

Esta visita que o deputado e o dirigente do BE de Guimarães, Joaquim Teixeira, realizaram, vem no seguimento de um vasto conjunto de contactos que os dirigentes do partido vêm promovendo junto de instituições que estão no terreno, e que têm um conhecimento profundo da realidade. Apresentar um "Livro Branco sobre a pobreza no distrito de Braga", que fará um ponto de situação sobre a "atribuição do Rendimento Social de Inserção (RSI), a perda de subsídios, o desemprego, o abandono escolar e a pressão crescente de casos a que as IPSS já não conseguem dar resposta" é objectivo final deste trabalho.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Para vencermos a direita, precisamos de ter esquerda

Texto de opinião escrito por Ana Bárbara Pedrosa, membro da coordenadora concelhia do BE de Guimarães

Santana Lopes, Alberto João Jardim, Marques Mendes, Passos Coelho. Uns vociferam, outros esperneiam, outros manifestam-se na acalmia da língua de Balzac. E nenhum deles se quer distanciar do governo que tem protagonizado as políticas que o PSD deseja, não querendo, contudo, o ónus e o preço social que elas têm. Nasce daí o apoio ao governo. Porque PS+D andam de mãos dadas nesta crise e nestes atropelos, não terá o PSD a distinta desfaçatez de tentar iludir o eleitorado através da distanciação do governo a não ser que isso lhe traga imediato e insondável (?) proveito político.

A moção de censura que o Bloco apresenta critica as políticas de direita que o PS aprovou e que o PSD apoiou sofregamente. A moção de censura apresenta as políticas de esquerda das quais o Bloco não se distancia – e não nos esqueçamos de que é o Bloco quem não pactua com direitismos – e condena ferozmente as políticas de (des)emprego que têm condenado as vidas das pessoas e assassinado o futuro delas em virtude da facilitação do espraiar do neoliberalismo. Vai se cumprindo o sonho da direita - do PS+D, por certo – e o Bloco recusa-se a pactuar com esta falta de vergonha.

A moção do Bloco critica as políticas que arruinaram vidas e futuros. Critica a direita, não só o governo enquanto pretenso órgão imutável e dirigista desprovido de ideologia. E critica a direita porque este governo é de direita. Porque tem assassinado o estado social. Porque tem sido o maior amigo do tradicional PSD, agindo como muleta das suas políticas. Porque tem sido o governo provisório do PSD.

Entrar na ideia de que esta moção de censura é criada para ser rejeitada ou para abrir caminho à direita é uma falácia estrondosa: a direita já nos governa e não é preciso ir muito além das mais recentes tomadas de posição parlamentares. A direita está onde está o PS. Pelo menos, para já. Não tenho qualquer dúvida de que, num presumível governo PSD, o PS terá a falta de vergonha de que sempre careceu e irá bradar aos sete ventos a necessidade incontornável de um estado social. Estado social esse que ele ajudou a destruir.

Começaram a surgir, mal se proclamou a vontade de apresentar esta moção, vozes vindas de todos os lugares num desejo fervoroso de salvar a nação do caos políticos, num desejo fervoroso de manter a estabilidade política. Mas que estabilidade, afinal? A única coisa estável com este governo e com estas políticas é a perpétua instabilidade. Esta moção de censura serve para isso mesmo: para apresentar o caminho pela esquerda, para apresentar políticas que nos conduzam à estabilidade, não tentando afundar o eleitorado em pretensas e hipócritas ideias de inevitabilidade de decisão, para vencer o pacto que as elites têm com o poder político.

O PCP vai por qualquer caminho, mas nós sabemos de que lado estamos e para onde vamos. Esse zénite chama-se esquerda.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Deputados questionam remunerações da CEC 2012

Os deputados do Bloco de Esquerda Catarina Martins e Pedro Soares acabam de questionar a Ministra da Cultura sobre os valores das remunerações pagas pela Fundação Cidade de Guimarães (FCG), aos prestadores de serviços que estão a colaborar com a Capital Europeia da Cultura.

A pergunta que aqueles parlamentares dirigiram ao Governo prende-se com o facto de ter vindo a público que o vereador do PSD da Câmara de Braga, Ricardo Rio, vai auferir uma remuneração de 35 mil euros para prestar, durante seis meses, serviços de assessoria à estruturação e implementação do mecenato no âmbito do projecto Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura.

À semelhança do que aconteceu há dois meses, quando o BE contestou a exorbitância do vencimentos do Conselho de Administração da FCG, o Grupo Parlamentar do BE volta a questionar os valores pagos pela prestação de serviços aos colaboradores daquela fundação, por entender que a actual conjuntura do país e os cortes orçamentais a que foram sujeitos os agentes culturais, tornam os valores destas remunerações um insulto.

Para além da pergunta dirigida a Gabriela Canavilhas Pedro Soares e Catarina Martins remeteram ao presidente da Câmara de Guimarães um requerimento onde solicitam informação detalhada sobre todos os contratos de prestação de serviços que a Fundação Cidade de Guimarães celebrou até agora, bem como os montantes envolvidos.

Quanto mais me bates…

Artigo do deputado municipal Joaquim Teixeira publicado no 'Povo de Guimarães'

Passado o período da eleição presidencial e dissecados os resultados, ficamos com a sensação de que, neste país, algumas realidades são para continuar.

O tão apregoado “simplex” falhou, quando milhares de portugueses foram impedidos de votar, por causa da trapalhada com o cartão de cidadão. Num país minimamente civilizado, seria motivo para anular o acto eleitoral mas, em Portugal, com a brandura de costumes que nos caracteriza, ninguém (ou quase) deu importância.

O povo continua a identificar-se com malandro, o reguila, o chico-esperto, o corrupto, a ponto de chamarem invejoso a quem os denuncia.

A abstenção cresce a cada eleição e os responsáveis estão identificados. Citando José Manuel Pureza: A direita desdobra-se em esforços, no sentido de desincentivar os cidadãos à intervenção política, cívica e social.

A realidade mostra-nos a fúria com que, a direita, se atira ao estado, levando os cidadãos a acreditar ser este o inimigo, criando condições para deitar as garras àquilo que é de todos.

A imprensa, salvo raríssimas excepções, despojada da sua liberdade, tornou-se cúmplice deste poder paralelo, dando excessivo realce ao crime de tostões, banalizando os de milhões.

É neste cenário que se vão posicionando os vários partidos.

A direita, embalada pela eleição do seu candidato, prepara o derrube do governo mas sem querer aparecer como o mau da fita.

A esquerda, mesmo aquela que resta no PS, vai tentando absorver o impacto dos tiros nos próprios pés.

Para reverter a situação, é preciso que o PS se torne verdadeiramente socialista e deixe de ceder às pressões da direita, salvaguardando sectores estratégicos como a escola pública, o serviço nacional de saúde, agua e saneamento, correios e aeroportos, transportes rodo e ferroviários etc., tudo na mira de quem, de há vinte e cinco anos para cá, tem causado a desgraça deste país.

O Bloco de Esquerda deve incrementar a sua acção por todo o país, denunciando os causadores do desemprego e precariedade, os corruptos e oportunistas.

Como movimento/partido plural que é, o BE deve procurar centrar-se em lutas de defesa dos mais desfavorecidos, daqueles que, verdadeiramente, são e serão os construtores de Portugal.

Aquela velha frase: “Quanto mais me bates, mais gosto de ti”, tem de ser banida da mentalidade dos portugueses, porque todos tem direitos e obrigações e é preciso levá-los a lutar por eles.

Empregos na Jorcal devem ser salvos, defende BE


O Bloco de Esquerda de Guimarães está preocupado com a incerteza laboral que assola os trabalhadores da Jorcal.

O BE defende que todos os postos de trabalho existentes na Jorcal devem ser salvos, impedindo que 80 pessoas percam o emprego. Os empregos na Jorcal devem ser salvos.

Numa das regiões mais afectadas pelo desemprego em todo a Europa, o desemprego tem estado na origem do aparecimento e do agravamento da pobreza.

É vital para a futuro de Guimarães combater, por todos os meios, a falência de empresas e o constante aumento do desemprego.

BE questiona Governo

As dificuldades criadas pela banca, um sector que tem crescido à custa da crise dos mais pobres, não devem nunca provocar a falência de uma empresa.

Num país onde são gastos cinco mil milhões para o salvamento de um banco corrupto, o BPN, mil milhões para assegurar condições de vida dourada aos banqueiros criminosos do BPP e onde se gastam mil milhões em submarinos, é inadmissível permitir a falência de uma fábrica que emprega 80 pessoas.

O deputado do Bloco de Esquerda eleito por Braga, Pedro Soares, anunciou que irá questionar o Governo sobre esta situação dramática.