São muitas as questões que se levantam à medida que caminhamos cada vez mais para uma sociedade que reflecte um sistema Social e Económico não processado de uma forma harmoniosa, existindo profundas assimetrias, que de uma forma ou outra marcam negativamente o desenvolvimento Social e Cultural.
Ao longo destes últimos anos de Governação, e de uma política assente na protecção a todo custo de um sistema financeiro, que por si só, reflecte de forma escandalosa as profundas desigualdades sociais e económica que vivemos neste momento em Portugal.
Por isso, uma política centralizada em objectivos que não satisfazem a realidade, põe em causa um bom desenvolvimento do país.
As políticas neoliberais, apoiadas pelos partidos de direita e nomeadamente o PS, sujeitam o ser humano ao que poderemos chamar a mutilação social e psicológica. Aproveitam-se do cidadão trabalhador que contribui com o seu trabalho e com os seus impostos, para gerar riqueza para o país, por forma a que seja utilizada para aumentar a qualidade de vida dos cidadãos e cidadãs portuguesas, mas esses cidadãos e cidadãs vêm essa riqueza por si produzida, desperdiçada por aqueles que não a sabem gerir,.
É aqui que o Bloco de Esquerda, como movimento de oposição a essas políticas, tem que intervir de uma forma concreta e objectiva!
É preciso mais protecção social, é necessária mais educação e com qualidade. A saúde é um bem de primeira necessidade, tem que estar acessível. E isto tudo só se consegue se houver uma participação cívica, social e política de todos e todas.
O Bloco de Esquerda estará presente nesta luta com todas as suas forças, na protecção dos direitos fundamentais dos cidadãos e cidadãs deste Portugal.Neste momento os portugueses precisam mais do que nunca do Bloco de Esquerda. Precisam de uma política limpa, coerente e que, acima de tudo, os defenda deste sistema financeiro em que o objectivo é, sem sobra para dúvidas, o lucro desenfreado para satisfazer o egocentrismo de indivíduos, que pouco têm de humanista e vêem o ser humano simplesmente como uma fonte de exploração.
Neste momento, mais do que nunca, o Bloco tem o dever de dar voz aos que não têm, e pôr a nu todas as mentiras e esquemas que a todos nós desgraçam.
Não é possível manter o silêncio em face do desperdício dos dinheiros públicos para aumentar a riqueza dos milionários. Não podemos ignorar quando nos despejam de bens históricos para venda a particulares que enriquecerão com a sua exploração, quando, em troca, o Estado apenas se compromete a pagar milhões para rendas de espaços que, nem sequer, dispõem das condições adequadas para o fim a que se irão destinar. Este é apenas um exemplo das “parcerias” público-privadas que este governo incentiva e que tanto elogia.
Mais do que nunca o Bloco de Esquerda serve uma missão política: a verdadeira democracia também se incentiva. Temos de combater, com todas as forças, a apatia que se abateu sobre o povo deste país. É crucial que levantemos a nossa voz e nos façamos ouvir neste país, desde logo pelos cidadão e cidadãs que já não acreditam na política, e mostrar que há uma alternativa – a alternativa da verdadeira democracia, que só se faz quando todos nos empenhamos pelo bem comum.
E tenho a plena convicção, de que desta convenção, sairá um Bloco de Esquerda mais forte, onde se falará a uma só voz, e com a certeza que a luta pela justiça social e socialista nos move a todos, com a mesma garra e a força das nossas convicções!
A luta continua e o bloco está na rua!