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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Comunicado Autárquicas 2009



A Assembleia Concelhia do Bloco de Esquerda de Guimarães, reunida para o efeito decidiu indigitar para cabeça de lista para a Câmara Municipal o nome de Alberto Fernandes, natural e residente na freguesia de Airão Santa Maria.

Alberto Fernandes, é desde 2005 o presidente do Grupo parlamentar do BE na Assembleia Municipal de Guimarães, foi escolhido pelos aderentes do bloco de Esquerda de Guimarães para ser o rosto das Politicas do BE de Guimarães nas eleições para as Autárquicas.

Alberto Fernandes, é um músico e compositor, que alguns vimaranenses reconhecerão de um dos projectos musicais que desenvolve, o Trovas ao Vento, bem como da sua ligação ao Teatro, área na qual já trabalhou com encenadores como José caldas, Joaquim Nicolau, Hélder Costa, Fernando Moreira, Gil Filipe e muitos outros. Dedica-se ainda a actividades relacionadas com o ensino; como Professor de Música e Musicoterapeuta, e tem dado o seu cunho pessoal em projectos de âmbito social, alguns dos quais desenvolvidos neste concelho.

A Coordenadora




sábado, 16 de maio de 2009

Maria nasceu, Maria cresceu…

Maria nasceu, Maria cresceu… Cresceu, brincou e sorriu, em ruas de terra da sua aldeia.
Já mais crescida, muda-se-lhe a vida. Não estudou mas aprendeu que, a vida na aldeia é só mourejar.
Peito p’ra fora, barriga p’ra dentro e alguém reparou.

Um raio de esperança e um sorriso de sonho, Maria casou…casou, pariu e como é destino p’ró macho latino, muito repetiu.
A aldeia acolhia, cheia de bondade mais o Sr. Abade, a prole de Maria.

A mesma aldeia mais o Sr. Abade que perdoava a estroinice do Manel.
Quando chegava a casa, depois sueca e cheio de verdasco, Manel batia, batia e rebatia e a aldeia dizia, cheia de bondade mais o Sr. Abade: aguenta Maria.

Alguém lhe falou um dia que, lá pela cidade, tinha aparecido uma tal de liberdade que, se bem utilizada, acabava com a maldade.
E Maria, peito p’ra baixo e barriga p’ra fora, voltou a sonhar.
Sonhou, esperou e, timidamente, até sorriu.

Quem espera desespera e Maria desesperou.

Numa manhã de Abril, perante toda a aldeia e mais o Sr. Abade, enfrentou o seu Manel e mais a corja que o pariu e deitou cá para fora o grito que há muito germinava:

NÃO HEI-DE MORRER SEM SABER, QUAL A COR DA LIBERDADE.

25 de Abril sempre, obrigado.

Joaquim Teixeira




25 de Abril – 35 Anos


Nos últimos anos, tem causado alguns comentários o facto de, algumas personalidades da nossa cena política, não se adornarem com o cravo vermelho, adoptado como símbolo da revolução de Abril de 1974.

É uma situação que, sinceramente, não me preocupa absolutamente nada.

Preocupam – me, isso sim, os que encaixam no estribilho que José Barata Moura cantava à época e que tomo a liberdade de citar, dada a sua actualidade:
“Cravo vermelho ao peito, a todos fica bem, sobretudo dá jeito, a muito filho da mãe”.

Também tem aparecido umas certas reticências na comemoração da data, em sessão solene.

A Assembleia Regional da Madeira, por exemplo, acabou com as comemorações e a pergunta impõe-se: Porquê?

A quem incomoda tanto, que se comemore este marco importantíssimo da história de Portugal?

O 25 de Abril já não é apenas um dia feriado que se celebra de ano a ano.

O 25 de Abril transformou-se em espírito de liberdade e democracia que os seus filhos absorvem do mesmo modo que respiram.

Os 35 anos que acabamos de celebrar são muito poucos, relativamente àquilo a que puseram fim.

O 25 de Abril pôs fim, não apenas a uma ditadura, ao colonialismo e à guerra, mas a séculos e séculos de obscurantismo e tirania, em que os trabalhadores, os verdadeiros sustentáculos deste país, sempre foram humilhados e ofendidos na sua dignidade.

O espírito de Abril, não se reduz a esta celebração, nem ao dia vinte e cinco
Ele será evocado enquanto houver pobres no nosso país (fala-se em dois milhões) e enquanto se morrer de fome por esse mundo fora.

Será evocado sempre que aparecerem pretensos defensores da moral a declararem milhares de pensão, sem nunca terem produzido sequer um alfinete, enquanto milhares de idosos tentam sobreviver com duas ou três centenas de euros.

O espírito de Abril será evocado, enquanto houver um ser humano que seja, a viver sem dignidade.

Que o espírito de Abril nos alerte para a responsabilidade de criar justiça social em todas as vertentes da vida dos Portugueses.

Joaquim Teixeira




quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O Bloco no centro da justiça social!


São muitas as questões que se levantam à medida que caminhamos cada vez mais para uma sociedade que reflecte um sistema Social e Económico não processado de uma forma harmoniosa, existindo profundas assimetrias, que de uma forma ou outra marcam negativamente o desenvolvimento Social e Cultural.
Ao longo destes últimos anos de Governação, e de uma política assente na protecção a todo custo de um sistema financeiro, que por si só, reflecte de forma escandalosa as profundas desigualdades sociais e económica que vivemos neste momento em Portugal.

Por isso, uma política centralizada em objectivos que não satisfazem a realidade, põe em causa um bom desenvolvimento do país.

As políticas neoliberais, apoiadas pelos partidos de direita e nomeadamente o PS, sujeitam o ser humano ao que poderemos chamar a mutilação social e psicológica. Aproveitam-se do cidadão trabalhador que contribui com o seu trabalho e com os seus impostos, para gerar riqueza para o país, por forma a que seja utilizada para aumentar a qualidade de vida dos cidadãos e cidadãs portuguesas, mas esses cidadãos e cidadãs vêm essa riqueza por si produzida, desperdiçada por aqueles que não a sabem gerir,.

É aqui que o Bloco de Esquerda, como movimento de oposição a essas políticas, tem que intervir de uma forma concreta e objectiva!

É preciso mais protecção social, é necessária mais educação e com qualidade. A saúde é um bem de primeira necessidade, tem que estar acessível. E isto tudo só se consegue se houver uma participação cívica, social e política de todos e todas. O Bloco de Esquerda estará presente nesta luta com todas as suas forças, na protecção dos direitos fundamentais dos cidadãos e cidadãs deste Portugal.

Neste momento os portugueses precisam mais do que nunca do Bloco de Esquerda. Precisam de uma política limpa, coerente e que, acima de tudo, os defenda deste sistema financeiro em que o objectivo é, sem sobra para dúvidas, o lucro desenfreado para satisfazer o egocentrismo de indivíduos, que pouco têm de humanista e vêem o ser humano simplesmente como uma fonte de exploração.

Neste momento, mais do que nunca, o Bloco tem o dever de dar voz aos que não têm, e pôr a nu todas as mentiras e esquemas que a todos nós desgraçam.

Não é possível manter o silêncio em face do desperdício dos dinheiros públicos para aumentar a riqueza dos milionários. Não podemos ignorar quando nos despejam de bens históricos para venda a particulares que enriquecerão com a sua exploração, quando, em troca, o Estado apenas se compromete a pagar milhões para rendas de espaços que, nem sequer, dispõem das condições adequadas para o fim a que se irão destinar. Este é apenas um exemplo das “parcerias” público-privadas que este governo incentiva e que tanto elogia.

Mais do que nunca o Bloco de Esquerda serve uma missão política: a verdadeira democracia também se incentiva. Temos de combater, com todas as forças, a apatia que se abateu sobre o povo deste país. É crucial que levantemos a nossa voz e nos façamos ouvir neste país, desde logo pelos cidadão e cidadãs que já não acreditam na política, e mostrar que há uma alternativa – a alternativa da verdadeira democracia, que só se faz quando todos nos empenhamos pelo bem comum.

E tenho a plena convicção, de que desta convenção, sairá um Bloco de Esquerda mais forte, onde se falará a uma só voz, e com a certeza que a luta pela justiça social e socialista nos move a todos, com a mesma garra e a força das nossas convicções!

A luta continua e o bloco está na rua!

Alberto Fernandes in 6ª Convenção




terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A democracia em risco

Depois de, exaustivamente, termos alertado, para os graves problemas que afectam a nossa sociedade e de termos apresentado sugestões no sentido de as combater, surgem sinais que, pela importância do que foi dito atrás, podem parecer irrelevantes mas não são.

Trata-se dos ataques que, mais ou menos claramente, têm sido feitos à democracia em Portugal.
As visitas das forças policiais às delegações dos sindicatos aquando de visitas do primeiro-ministro.

A atitude do presidente da assembleia regional da Madeira, em sintonia com a prepotência do presidente do governo da mesma região, proibindo a entrada de um deputado, utilizando para isso, uma força de seguranças, como se de casa própria se tratasse.

Aquela tirada, da líder do PSD, que propunha a suspensão da democracia, pôs a nu a verdadeira estirpe desta gente: Fascismo encapotado, cujo verniz estala de vez em quando.

Tivemos, durante algum tempo (será que desistiram?), a tentativa de atribuir maioria absoluta às autarquias, qualquer que fosse o resultado das eleições.
Para culminar, temos agora o julgamento de sindicalistas em Guimarães por se terem manifestado contra as políticas de José Sócrates.

São exemplos de um claro ataque aos mais elementares direitos dos cidadãos e quem não tiver capacidade para respeitar estes direitos, jamais terá lugar na história do seu país, do seu concelho ou da sua freguesia, porque ela se encarregará de colocar os medíocres no seu lugar.

Joaquim Teixeira


domingo, 25 de janeiro de 2009

Oh miséria das misérias

Chegou 2009 e, como que a querer contrariar as vozes mais pessimistas de 2008, começou em grande.

Logo nos primeiros minutos e por todo o país, foguetório à farta. Houve quem gastasse 150.000€ POR MINUTO! Depois vieram as passas, os espumantes e os vivas ao novo ano que, de tão regado e iluminado, só podia ser de vacas gordas.

Passados os dias de frenesim, diluem-se os cheiros da quadra, as lâmpadas deixam de piscar e, finalmente, deixamos de ver aquele pai-natal, estupidamente pendurado na varanda do vizinho e o país começa a gelar, realística e metaforicamente.

Arrefecem os ânimos ao verificar que, apesar do 14º mês, a conta continua no vermelho e que se gastou demais em futilidades.

As temperaturas (reais), acompanhadas do primeiro grande nevão do século, descem para limites insuportáveis, obrigando uma subida drástica no consumo de gás e electricidade.

Finalmente chega o dia, ansiosamente aguardado, em que os pensionistas conferem os “aumentos” das suas reformas. Aí sim, o frio dos números, congela-lhes a própria alma. As reformas, abaixo dos 600€, foram aumentadas entre 5 e 15€ o que dá entre 16 e 50 cêntimos diários. Há, por esse país fora, quem tenha tido aumentos superiores a muitas reformas.

A indignação, perante a miséria em cima de miséria, é tanta que nem os “almoços de reis” conseguem travar.

No meio de toda esta frieza, há sempre alguém que se preocupe e tente, através de propostas legislativas, colmatar os efeitos da desgraça que se abate sobre os mais desfavorecidos, particularmente nos vales Cávado e Ave.

Foi neste sentido que o Bloco de Esquerda apresentou um programa extraordinário, na Assembleia da República mas que (oh miséria…) foi chumbado, inclusive pelos deputados desta região, os mesmos que daqui a alguns meses, andarão por aqui de feira em feira a beijocar as vítimas da sua hipocrisia, prometendo mundos e fundos nos quais nem eles acreditam.

Está na hora de dar um abanão nesta paz podre e mostrar a quem de direito, a indignação pelos HUMILHADOS e OFENDIDOS deste país.

2009 pode ser um ano de grandes transformações em Portugal e a favor de quem mais sofre com as políticas de direita, levadas à prática pelos governos das últimas décadas.

Está nas mãos do povo, lutar por aquilo a que tem direito, sem populismos nem demagogia porque ela, a miséria, existe mesmo.


Joaquim Teixeira in Povo de Guimarães


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Política da Idade Média No Século XXI

No dia em que escrevo este artigo, é o dia da tomada de posse do novo Presidente dos Estados Unidos da América (USA); BaraK HUSSEIN Obama.

É de aquiescência de todos aqueles que fazem análise política que, com esta eleição e da maneira como ela correu, nasceu uma nova forma de fazer intervenção política.

Na minha humilde forma de pensar concordo que sim! Que a partir de agora poderá, sem sobra para dúvidas, haver uma nova forma de revolução social. Aquela que pode ser feita por uma intervenção social justa em que todas as classes podem e devem participar, sendo elas de raças ou credos diferentes - O segredo é, sem dúvida, olharmos á nossa volta e termos a percepção que todos nós temos defeitos e virtudes.

Com esta tomada de posse, acabou um ciclo que poderia chamar-se Politica da Idade Média no Século XXI, que se caracterizou por tudo o que de pior o ser humano pode ter ou ser: arrogância, indiferença, cinismo, crueldade e intolerância.

A população mundial, neste momento, tenta encontrar com esta eleição, um sentido diferente no que diz respeito a algumas condutas sociais e económicas, que caracterizam a injustiça social vivida neste preciso momento neste nosso pequenino Mundo, que é o planeta Terra.

Penso que, com tudo o que temos vivido nestes últimos anos, também os cidadãos Portugueses estão neste momento à procura de uma nova forma de intervenção social e política. A população está farta de tanta imundice, está farta de tanta promiscuidade entre o poder político e o económico. De cada vez que ligamos a televisão ou a rádio, ouvimos mais uma notícia em que o que está em causa é sempre a mesma coisa, mais corrupção atrás de corrupção.

Como tenho afirmado muitas vezes, os cidadãos vimaranenses e os portugueses são pessoas inteligentes e estão fartos disto, ou seja, desta politica da Idade Média no Século XXI, e saberão no futuro escolher tanto ao nível concelhio, como ao nível nacional uma politica que promova uma intervenção social justa, onde todos possam participar nela sem tabus.

E saberão escolher, para a gestão dos nossos recursos e do nosso bem-estar social do concelho, um cidadão Vimaranense que tenha a capacidade de mobilizar a população dos Zero aos Cem, que possua um conhecimento ao nível social e cultura real e da realidade, que esteja livre dos vícios partidários, mas mais do que isso, que olhe para cada um dos cidadãos como um só, mas com a capacidade de enquadrá-lo num todo. Terminando com as palavras no novo presidente americano: sim, somos capazes, sim, nós podemos.

Só com isto é que se pode fazer politica séria!



Alberto Fernandes in Povo de Guimarães, 20-01-2009.