Participa no nosso grupo no Facebook - aqui!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

BE defende a limitação dos horários das grandes superfície aos Domingos


O Bloco de Esquerda de Guimarães defende a limitação dos horários de abertura dos hipermercados e das grandes superfície aos Domingos e feriados.

No dia 24 de Outubro entrou em vigor uma decisão do Governo que permite a abertura das grandes superfícies aos Domingos e Feriados até às 24h, quando o limite anterior eram as 13 horas.


A Câmara Municipal de Guimarães, tal como todas as outras autarquias, tem o poder de impedir esta medida, no entanto, até agora, preferiu manter um silêncio conivente com o interesse das grandes empresas que controlam os hipermercados. A escolha é a defesa dos postos de trabalho de milhares de pequenos comerciantes ligados não só ao sector da distribuição, mas também da produção. No entanto, o Executivo liderado por António Magalhães não tomou qualquer posição sobre o assunto.


O presidente da Associação Comercial e Industrial de Guimarães já veio alertar que a abertura das grandes superfícies, todos os dias, das 6h às 24h será fatal para o comércio tradicional.


Tal como o presidente da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal defendeu, as grandes superfícies em Portugal têm das maiores janelas horárias da Europa. Por outro lado, de acordo com um estudo da Confederação que João Vieira Lopes dirige, é falso que os hipermercados criem empregos: em 2000 o comércio empregava 750 mil pessoas e no final de 2009, com a abertura de milhões de metros quadrados de novos centros comerciais, o número manteve-se estável.


Antes de criarem emprego, as grandes superfícies já destruíram muitos!


É do conhecimento geral, e de fácil averiguação, que as grandes superfícies comerciais são especialistas em empregos precários e mal pagos, onde imperam os contratos a termo (incluindo contratos de um mês) e o desrespeito máximo pelos trabalhadores, muitos dos quais nunca têm acesso a um horário a tempo inteiro.


O Bloco de Esquerda de Guimarães está solidário com a luta dos pequenos comerciantes e com o combate dos trabalhadores explorados do sector da distribuição.


Ao ser conivente com o diploma que liberaliza os horários das grandes superfícies comerciais, a CMG cede mais uma vez às chantagens do grande capital, com consequências nefastas para a vida dos trabalhadores/as, que mais uma vez são atacadas num direito com mais de 110 anos, que é a jornada diária de 8 horas.


Criticamos veementemente a passividade da autarquia, considerando que irá criar mais desemprego e falências no pequeno comércio, agudizando a crise já existente.

Este ataque ao pequeno comércio, com os consequentes encerramentos, resultará numa desertificação mais acelerada dos centros das cidades, com os decorrentes problemas sociais.


Desafiamos, por isso, a autarquia a tomar uma posição sobre o assunto e a assumir as responsabilidades políticas das consequências da sua decisão.

Sem comentários: