sábado, 3 de abril de 2010
Primeiros meses de mandato da Câmara foram só gestão
Discuro do deputado municipal, Joaquim Teixeira, no qual analisa a actividade da Câmara Municipal de Guimarães.
«Este seria um bom momento para fazermos uma análise à actividade da Câmara, na qual teceríamos opiniões sobre o realizado, continuado ou iniciado. O que esta Câmara fez, nestes primeiros cinco meses de mandato, foi unicamente gestão. Assim sendo, só nos resta analisar a não actividade da Câmara.
Andámos há anos a alertar para os crimes ambientais praticados no nosso concelho. Em todos ou quase todos os cursos de água, são descarregados continuamente, esgotos de todo o tipo. Não vamos enumerá-los aqui porque os Srs. tem obrigação de os conhecer, mas não deixaremos de denunciar esta barbaridade através de todos os meios ao nosso alcance.
Existem zonas do concelho que esperam há mais de dez anos pelo saneamento. Até hoje não percebemos, que vantagem tiveram, os Vimaranenses, com a criação desse sorvedouro de dinheiros públicos que se chama “Vimágua”.
Não podemos deixar de nos referir, lamentando mais um atropelamento mortal, à estrada nacional que atravessa Nespereira. Não basta apelar ao civismo dos automobilistas, mas uma intervenção profunda que obrigue ao abrandamento de velocidade. Em nossa opinião, as rotundas podem ser uma solução. Infelizmente, Sr.as e Srs. Deputados, os problemas das vias de comunicação não se limitam a Nespereira. Há quantos anos, a estrada que liga Pevidém à rotunda de Silvares, necessita de intervenção? E a ligação entre a ponte de Campelos e a estrada Taipas-Brito? E os problemas que aconteceram, não só em Guardizela como em toda a Via Intermunicipal? Estes são alguns exemplos do que se passa um pouco por todo o concelho, não basta dizer, ano após ano, nós vamos intervir.
Como último ponto e face ao que pontualmente vai acontecendo em prédios degradados, devolutos ou não, principalmente na zona mais antiga da cidade, deixamos a seguinte questão: Foi feito ou está previsto fazer um estudo completo dos prédios em risco?
Que medidas estão a ser tomadas para que não voltem a acontecer casos como o da rua de Camões ou do “Milenário”?
Pelos exemplos expostos, podemos concluir que, esta Câmara, entrou em letargia pós-eleitoral. Letargia essa que se vê nas miseráveis verbas, atribuídas a Guimarães, no âmbito do PIDDAC, em que a atitude da Câmara e dos deputados “Socialistas” na Assembleia da República, foi de 'seguidismo' e/ou submissão perante o governo central.
Para agravar a desgraça, verificamos que, a quase totalidade da verba, foi atribuída à Capital Europeia da Cultura (CEC). Perante isto, desejamos que a CEC seja um êxito sim, mas que não tenha o efeito eucalipto.»
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